segunda-feira, 13 de março de 2017

TABELANDO DE TRIVELA - INTER X CHAPE

Eis que o Índio Verde do Oeste sobe a Serra Catarinense. 
Leão Baio à espreita.....


                                         Fonte da imagem: Vantuir Rech

Ao ler o título da postagem, o leitor logo deve imaginar um cenário de filme: uma caçada está prestes a acontecer. Sem definição exata de quem seria a presa. Contracenam um valente, porém ferido, Índio do Oeste, tendo que se reerguer aos poucos após uma tragédia com sua tribo (devido à queda do "grande pássaro de ferro"" em terras colombianas) e um Leão Baio que, por alguns anos, esteve ausente dos pagos do futebol, mas que, aos poucos, vem buscando seu espaço na selva da bola. Ainda assim, em meio aos desafios de cada personagem, trata-se de um jogo pela paz (representado pela carreata que antecedeu o confronto, unindo os mascotes dos dois clubes).

O torcedor que se acomoda nas arquibancadas do Tio Vida, tem a expectativa de presenciar um espetáculo digno de Oscar. Dramas, emoções, mocinhos e vilões.

Do lado verde, o técnico Vagner Mancini opta pela manutenção do time titular, que estreou com vitória na Libertadores. São feitas algumas modificações pontuais, a exemplo do atacante Rossi, que não jogou na Venezuela. Do lado vermelho, são escalados os mesmos jogadores que iniciaram o jogo contra o Avaí, em Florianópolis, com exceção de Jefinho, que entra no lugar de James.

A bola rola e, logo de início, percebe-se que a trama é diferente. O ímpeto dos jogadores dos dois times não se traduzem num bom futebol. O jogo é truncado, pegado, disputado. O que falta em criatividade, sobra em marcação acirrada e lances faltosos. O desânimo toma conta do torcedor na arquibancada. Espera-se que no próximo episódio, após o intervalo, o grito de gol possa ecoar no Tio Vida. 

A segunda temporada (ou segunda etapa) se inicia com a promessa do que o roteiro seja diferente. Do lado colorado, o ator da camisa 10 (Marcos Paraná), sai de cena para dar a vez ao atacante Luizinho (que já havia entrado bem contra o Avaí).O time vermelho serrano ganha mais mobilidade e velocidade com a substituição.

O Leão Baio começa a demonstrar um pouco mais de ofensividade, atacando pelas laterais e alçando bolas na área. 

A resposta da Chape ocorre somente quando o Inter erra passes, dá espaço e comete faltas. O lateral-direito, Apodi, proporciona mais movimentação ao time do oeste. Mesmo assim, a equipe verde segue sem muita efetividade nas conclusões. Quando estas ocorrem, param nas defesas do goleiro colorado Neto Volpi, um dos destaques do time serrano na partida e na competição. 

Mesmo com o a entrada em campo de outros novos atores, tanto no elenco colorado (James e Paulo Victor) quanto no elenco verde (Túlio de Melo e Arthur Caike), a emoção maior do grito de gol ficou presa na garganta dos torcedores até que as cortinas se fechassem. O letreiro de "FIM" sinaliza o término de um espetáculo sem heróis ou vilões. Muita luta, muita pegada, pouca vibração, poucas emoções. Placar de igualdade sem gols. 

A resenha do filme de sábado, em cartaz na cidade de Lages na estreia do returno, é a seguinte: 

Jogo com muitas faltas, erros de passes e baixa qualidade técnica, no primeiro tempo.
Melhorou um pouco, na segunda etapa, mas ainda assim, sem nenhum lance de muito perigo. 

Para ambos os clubes, fica um sabor meio doce e meio salgado. O Inter deixou de somar três pontos em casa, tendo condições de ganhar a partida. Mas o empate não foi de todo mal, uma vez que o Leão Baio jogou contra uma equipe que disputa a Taça Libertadores da América. A Chapecoense, que também poderia ter vencido o jogo, não demonstrou um bom futebol. Além disso, ao término da partida, o que se presenciou foram muitas desculpas por parte dos jogadores, que alegaram cansaço, e do treinador, que reclamou do gramado (sem razão) e do vento (do vento ?). 

Uma partida que se decide no detalhe. Qualquer uma das equipes poderia marcar o gol num vacilo do adversário ou num lance individual. Como isso não ocorreu, prevaleceu o empate em 0 x 0. 

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